É preciso ter nervos de aço
Yasmim está há 16 dias na UTI neonatal. Já atingiu os famigerados 2 kg para ter alta, mas ainda se alimenta por sonda, e para ir para casa somente quando se alimentar totalmente por via oral. Ela está progredindo, mas não na velocidade da nossa ansiedade... e assim a nossa rotina de ir vê-la no hospital, todos os dias, de manhã, de tarde, de noite, continua.
Nesses 16 dias eu fui acompanhando o movimento na UTI. Bebês que não param de chegar, crianças grandes com problemas de saúde, muitas enfermeiras e técnicas de enfermagem a correr para lá e para cá, mães e pais com rostos cansados... Sei das histórias de todos que estão ao redor, e vi várias altas: Helena, Isabella, Vinicius, os gêmeos. E a cada alta tenho emoções conflitantes: alegria pelas mães, inveja por não ser eu a levar minha filha para casa, ansiedade e esperança.
Acompanho o trabalho das enfermeiras e técnicas, escuto conselhos delas de como cuidar da minha filha, vejo o amor e o cuidado que muitas têm pelos bebês ali internados, e admiro este trabalho exaustivo. Na conversa com elas a gente acaba aprendendo que eles sempre precisam de doação, que os lençóis são costurados por uma das enfermeiras com o que se ganha, que o banco de leite materno precisa sempre ser suprido, que o salário delas é uma mixaria mas elas continuam sorrindo. Há também as desleixadas, mas são minoria. A grande maioria sempre está sorrindo e correndo para todos os lados, para dar conta do trabalho.
Cada grama que um bebê ganha é comemorada pelos pais como se fosse uma nota alta; cada sugada, a mesma coisa. Mas o que a gente quer mesmo é ouvir os pediatras dizerem que ela pode ir para casa, porque não aguentamos mais ter que deixá-la lá todas as noites. Nem sei como estou conseguindo fazer isso - acho que entrei no modo "sobrevivência", que inclui não se desesperar. Nunca imaginei como tantos dias num hospital podiam ser tão desgastantes. E isso que a Yasmim está bem, com saúde e desenvolvimento normais.
No meu íntimo peço à vida que nunca me deixe na situação de uma das mães da UTI, cujo filho entrou com febre alta e chorando sem parar. Como ela, acho que não iria desgrudar do leito, nem para comer; mas não sei como ela tira toda aquela força para estar lá, vendo o filho sofrer e esperando ansiosamente por resultados de exames. Descobri que ser mãe é de fato "padecer no paraíso". Não vejo a hora de começar esta função na minha casa.
Nesses 16 dias eu fui acompanhando o movimento na UTI. Bebês que não param de chegar, crianças grandes com problemas de saúde, muitas enfermeiras e técnicas de enfermagem a correr para lá e para cá, mães e pais com rostos cansados... Sei das histórias de todos que estão ao redor, e vi várias altas: Helena, Isabella, Vinicius, os gêmeos. E a cada alta tenho emoções conflitantes: alegria pelas mães, inveja por não ser eu a levar minha filha para casa, ansiedade e esperança.
Acompanho o trabalho das enfermeiras e técnicas, escuto conselhos delas de como cuidar da minha filha, vejo o amor e o cuidado que muitas têm pelos bebês ali internados, e admiro este trabalho exaustivo. Na conversa com elas a gente acaba aprendendo que eles sempre precisam de doação, que os lençóis são costurados por uma das enfermeiras com o que se ganha, que o banco de leite materno precisa sempre ser suprido, que o salário delas é uma mixaria mas elas continuam sorrindo. Há também as desleixadas, mas são minoria. A grande maioria sempre está sorrindo e correndo para todos os lados, para dar conta do trabalho.
Cada grama que um bebê ganha é comemorada pelos pais como se fosse uma nota alta; cada sugada, a mesma coisa. Mas o que a gente quer mesmo é ouvir os pediatras dizerem que ela pode ir para casa, porque não aguentamos mais ter que deixá-la lá todas as noites. Nem sei como estou conseguindo fazer isso - acho que entrei no modo "sobrevivência", que inclui não se desesperar. Nunca imaginei como tantos dias num hospital podiam ser tão desgastantes. E isso que a Yasmim está bem, com saúde e desenvolvimento normais.
No meu íntimo peço à vida que nunca me deixe na situação de uma das mães da UTI, cujo filho entrou com febre alta e chorando sem parar. Como ela, acho que não iria desgrudar do leito, nem para comer; mas não sei como ela tira toda aquela força para estar lá, vendo o filho sofrer e esperando ansiosamente por resultados de exames. Descobri que ser mãe é de fato "padecer no paraíso". Não vejo a hora de começar esta função na minha casa.
Comentários
Tenho certeza de que a Yasmim sairá em breve do hospital, e alegrará muito a sua família.
Estou torcendo por vc, pelo seu marido. Essa fase vai passar rapidinho!
Grande beijo, e força!
Beijos pra vocês. :)
A maternidade é mesmo um grande desafio. Sempre. Que todas nós tenhamos força ao longo da nossa jornada.
Bjos e fique bem!
Acredito mesmo que todas as forças que forem necessárias você encontrará. Esta é a mágica de ser uma mãe - inclusive nos sentimentos conflitantes. Não sou mãe, você sabe, mas basta observar minha mãe pra sentir!
Estou torcendo para que em breve seus sentimentos sejam o daquele amor gigante que não cabe coração parecendo que vai explodir misturado com um "preciso dormir mais um pouquinho, Yasmim!", com ela bem pertinho de você, como tem que ser e será!
Beijos!
bjinhos
Como já disse, a minha bolsa tb estourou com 36 semanas, no dia 4/8/12 (sabado), minha médica tb estava viajando, e o parto foi feito com a plantonista.
Rick nasceu com 2,100kg e 42 cm, e cansadinho. Ele subiu p uti-neonatal.
Só no domingo fui conhecê-lo, ao vê-lona encupadora e com a sonda eu choraaaaava compulsivamente.
O Henrique estva tão sereno, tão forte.
A enfermeira chegou perto de mim e disse, ele está bem mamãe.
Eu perguntei- ele chora mto?
Ela - não! Só a mãe dele q chora mto!
Foi a 1a vez q ri depois do parto.
Ela- mamae, ele só nasceu cansadinho. Vc tem q veros bbs q chegam aqui, com menos de 900gr. Pode agradecer àDeus!
Tive alta na segunda, dia 6.
Que tristeza, ter alta e nao levar o bb p casa.
Eu poderia ficar na uti das 9hs da manhã até às 21 hs.
Qdo cheguei em casa na segunda, e vi o quartinho dele, me senti uma péssima mãe. Choreiiii.... Só sabia chorar!
O telefone não parava, só q eu tinha q repetir a história toda vez e chorava mto. Resolvi q não atenderia mais o telefone.
Na madrugada de segunda p terca acordei com mta dor, foi qdo lembrei q eu tinha q tomar remédio. Veja o grau de loucura.
Na terca, às 9hs eu já estava lá. Ele foi pesado, e emagreceu.
Como assim???
Foi ai q me disseram, até o 12o dia eles perdem peso, pode perder 10% do peso. Ele estava com 1970,kg.
Meus pé mega inchados, não fiz resguardo, ficava 12 hs sentada e com as pernas pra baixo. Pensa.
Uma enfermeira chegou perto de mim e falou q tinha uma sala de bco de leite na uti, e havia uma enfermeira q ensinava a ordenhar, todo o leite q a gente tira é dado p o bb.
Fui lá, naquele primeiro dia consegui ordenhar 20 ml. O peito estava quente e cheioooo.
A terca foi tranquila, mas qdo cheguei em casa. Morri de chorar!
Na quarta acordei com os pés inchado, a perna doia. O meu rosto inchado de tanto chorar, eu estava um monstro. Pensei, vou ficar com depressão.
Pq eu meu Deus????
Chegueino hospital e procurei a medica q fez o meu parto, ela receitou um floral, mas disse, calma mamae, está tudo bem.
Quem diz q a gente ouve essa ultima parte. Se estivesse bem, estaria em casa.
Aff***
Subi p uti, vi o rick... E fui p a sala ordenhar.
Tinha uma mãe lá q já estava com o vidrinho cheio de leite. Achei tudo!
Rs*** Puxei assunto com ela.
Ela me perguntou, vc teve bb a pouco tempo né?
Eu- Sim, no sabado. Mas ele nasceu mto pequeno, cansadinho... Fiz aquela voz de coitada.
Ela me perguntou- qual o peso dele?
Eu- ele nasceu com 2,100kg.
Ela - Nossa, ele nasceu mto bem, a minha nasceu com 700 gr. Já faz 2 meses q estou aqui.
Eu engoli seco, me sentir uma egoista.
Depois, encontrei com outra mae q a bolsa estourou com 4 meses, ficou 3 meses na cama, só podia levantar p fazer cocô. Com 7 meses fizeram o parto, e a bb estava há meses internada.
Outra mãe, a bb nasceu com a sindrome dos ossos quebrados, no parto quebrou as perninhas. Só de encostar na bb os ossinhos quebravam. Ela estava mto mal, o marido era só choro, pq nao podiam segura-la no colo.
No fim deste dia, eu já estava agradecendo à Deus por ter me dado um bb tão perfeito.
E a partir desta quarta feira o céu se abriu p mim, parei de chorar, fiquei firme, forte... Fiz amizade com as enfermeiras, perdi o medo de mae de 1a viagem.
Adivinha?
Perdeu peso 1930kg
Pensei...ihhhh... Ele nao vai ter alta tão cedo.
Na quinta ele foi p o meu peito, aiiii q prazer amamentá-lo.
Sexta a mesma coisa.
No sábado ele pesou, 1900kg.
Ihhhh...
Eis q, ao meio dia passaram os médicos e deram alta p ele.
Fiquei taoooooo feliz, comecei a chorar!
Kkkkk....
Ele ainda perdeu peso, chegou a 1850kg. Depois, em uma semana ele engordou 250gr.
No primeiro mês de vida ele havia crescido 10cm e já pesa 3200kg.
Agora está com quase 6 meses e é uma bencao em nossas vidas.
Te contei isso tudo amiga, p vc ver q Deus dá força, depois da tempestade vem o arco-iris. Daqui uns meses vc vai lembrar desta época, e nem vai acreditar q aconteceu com vc.
Força e Fé!
Bjaooo....
Bjks
Obrigada pelo carinho!
Beijos
Obrigada pelo apoio! Tudo que falou é verdade: ela estava assistida, e tudo que a gente precisava era esperar o tempo dela!
Beijos
Obrigada! É verdade, e só agora que sou que posso ter a dimensão do desafio!
Beijos
Obrigada amiga! :) Saudades!
Beijos
Obrigada pelas orações e pelo carinho!
Beijos
Obrigada querida! Acho que só quem passou por isso sabe exatamente a dimensão da coisa, né? As pesagens, a frustração por não levar para casa quando nasce... enfim, passamos por isso, e agora temos nossos bebês! No fim das contas, até o lado bom disso tudo eu consigo ver!
Beijos!
Eu também fico. Acho que elas doam muito de suas vidas para trazer conforto a outras... por isso que quando vejo aquelas que tem gosto pela coisa, eu admiro muito!
Beijos